Este ano o Citemor chega no Outono


A 39ª edição do Festival de Montemor-o-Velho vai decorrer de 17 de Novembro a 9 de Dezembro, entre Montemor-o-Velho e as cidades de Coimbra e Figueira da Foz. 
O Citemor, que é na sua génese um festival de verão, teve necessidade de adequar o calendário aos programas de apoio da DG Artes, o seu principal suporte, e realiza-se este ano no Outono.
Tendo como base oito propostas performativas — que evidenciam uma considerável diversidade de linguagens e de formatos — das quais quatro são desenvolvidas em residência de criação, o Citemor propõe um programa composto por dez espectáculos e uma instalação vídeo.
Para a edição de 2017, o Citemor convocou criadores com uma relação já estabelecida com o festival (Elena Córdoba, Tiago Cadete, David Marques) e artistas com percursos relevantes e que temos vindo a acompanhar nas últimas edições (Rui Catalão, Miguel Bonneville, Dinis Machado). Pela primeira vez, integram o programa Lígia Soares, Edurne Rubio, Bruno Humberto.
Completam o programa as criações audiovisuais finalistas do Loops.Lisboa (Tiago Rosa-Rosso Carvalhas, Patrícia Almeida, Pedro Vaz) e os concertos de Lavoisier e First Breath After Coma, que marcam a abertura e o encerramento do festival.
O contacto com a criação artística proveniente de Espanha, uma referência do Citemor, é protagonizado pela apresentação do novo trabalho de Elena Córdoba e pela estreia nacional de Edurne Rubio.
O mês de Agosto foi dedicado às residências artísticas, uma das marcas do festival, de Miguel Bonneville e de David Marques com Tiago Cadete, em Montemor-o-Velho. Durante o mês de Novembro, decorrerá a residência e laboratório de Rui Catalão em Coimbra, um projecto aberto à participação da comunidade, e de Elena Córdoba, para encerrar o seu processo de criação e estrear na Figueira da Foz.
O festival reinventa-se com os recursos possíveis, afirma a sua vitalidade e capacidade de renovação, adaptando-se constantemente às circunstâncias e respondendo a novos desafios, mantendo-se fiel às suas orientações programáticas.
A participação do Citemor na produção de novas obras, acolhendo os processos de criação e participando nas co-produções, é um contributo para um reportório contemporâneo e para tornar Montemor-o-Velho, por excelência, um lugar propício à criação.
Desenvolvendo um programa artístico partilhado com Coimbra e Figueira da Foz, o Citemor desenha uma ponte a ligar as duas cidades, com um pilar em Montemor-o-Velho. A ligação no território é natural e está bem definida, secularmente, pelo curso do Mondego. 
O Citemor foi pioneiro, no nosso país, na conjugação das práticas artísticas contemporâneas com o património edificado e paisagístico, e a propor a sua articulação com diversos sectores da actividade económica, nomeadamente o turismo.
Da relação orgânica, intensa e constante, que o festival mantém com o território que habita, resultou a ambição de influenciar a definição de estratégias para a região.
O Baixo-Mondego é uma sub-região com especificidades culturais que carece/necessita de um projecto estruturante e motivador.


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