Silly Season em "Rehab"



REHAB
um espetáculo do coletivo SillySeason

26 e 27 setembro
Rua das Gaivotas 6, Lisboa
terça e quarta às 21h30

Sendo o público um pedaço de realidade que irrompe pela sala de teatro minutos antes de iniciar o espetáculo, será ele a ter o papel principal em Rehab.

descrição:
REHAB visa à construção de uma dramaturgia que permita reflectir sobre o papel do espetador enquanto elemento essencial do espetáculo e suas autoridade, capacidade e qualidade co-criadoras.
Partindo do pressuposto – não consensual – de que o público, enquanto elemento do espetáculo, assume o lado passivo e receptor de toda a ação, pretende-se problematizar e acentuar questões levantadas pela “estética relacional” e pela subjectividade na criação de objetos artísticos contemporâneos.
Em REHAB analisam-se as características externas e internas de um determinado público, sempre na tentativa de ‘reabilitação’ desse público e consequentemente daquilo de que é elemento fundamental: o espetáculo de teatro.

sinopse:
Querido público,
isto não é uma carta de amor. E muito menos uma carta de guerra. Nem sequer é uma carta. É um espetáculo incompleto. Para o que nos havia de dar! Toda a gente sabe que não se faz espetáculos incompletos. E por isso preciso de ti. (chora) Mas preciso que mudes. (chora mais) Tenho tantas saudades tuas, se tu soubesses! (chora ainda mais) Nunca saberei escrever este texto se nunca me leres. AESTETIC**—-GOIU—- REL–H ACCIÓN*+++++CHOI+++++PUB—«««««%%EA%%%$$”””1”#$%&()=?»W*C* *AIUOESCOIEJHESEACOU! Discurso disruptivo, aí está. (sorri) Hoje vamos mudar de posição. Estou farto de me amar e a nostalgia é bafienta. (sorri mais e mata alguém) Hoje vamos reconfigurar, vamos redefinir. Amar um outro lugar – reabitar, será essa a palavra. Corpo, lugar. (casa-se) Acabou-se a anacronia, neste espetáculo nada nem ninguém é privado: novas relações, sítios ainda não reconhecíveis. (deita-se e coça a virilha) Quero muito ver -te e que me vejas, quero ver se já cresceste. Se já te emancipaste, tas a ver a cena? (beija um cisne) O voyeurismo ganha sempre, não é? O mesmo espelho negro para o qual tu olhas é o mesmo que te vê e perscruta, que é igual a dizer: que te vigia. Torna-te imagem e faz-te miragem, és produto de masturbação e carne para canhão. (despe um vestido cor de chuva) Rehab baby, é o som de uma partitura partilhada: nós. Ser ou não ser, já não é refrão. Toca. Toca-me e depois chateamo-nos. Toca-me e foge. Vamos acabar com este binómio. (divorcia-se) Ampliá-lo, aliás. A lilás. A azul. A prateado. A verde. A todas as cores. (desce da teia uma cortina marisol) Querido público, eu e tu, temos apenas um nome nas várias existências, um terceiro género: Rehab. (✔)

Criação: SillySeason
Com: Ana Sampaio e Maia, Cátia Tomé, Ivo Silva, João Cristóvão Leitão e Ricardo Teixeira
Voz off: Tiago Mansilha
Figurinos e adereços: João Silva
Figurino de época romântica: Vicente Trindade
Colaboração design de luz: Carolina Caramelo
Operação de luz, som e vídeo: Carolina Caramelo
Apoio técnico: Manuel Abrantes
Fotografias de cena: Alípio Padilha
Comunicação: Rita Tomás
Produção: SillySeason
Apoios: Teatro Cão Solteiro, Copianço Print, MTC Management Technical Consulting, O Espaço Do Tempo, Polo Cultural Gaivotas | Boavista, Câmara Municipal de Lisboa e Rua das Gaivotas6, Fundação GDA

90min aprox.
M/12
+ info: http://ruadasgaivotas6.pt/rehab-silly-season/

2017©SillySeason

Comments