"O Dia de Todos os Pescadores" no Carlos Alberto








15 a 31 de Julho
no Teatro Carlos Alberto

Felizes aqueles que lêem e encenam publicamente o trabalho de alguém que nos diz que “não ser feliz, nos tempos que correm, é uma precaução necessária”, ou que “há já demasiada felicidade no mundo da cultura”. É um lugar sem vagar para a complacência, este de onde nos fala Francisco Luís Parreira, um investigador universitário que é também um homem de teatro, por via das palavras que escreve, enquanto dramaturgo e tradutor, ou que coloca em situação, na qualidade de actor ou encenador. Exercita a escrita dramática para lhe restituir mundo, que é como quem diz que o teatro é primordialmente um lugar de pensamento e de conhecimento. Depois de ter assinado a tradução de dois textos de Mark O’Rowe (Terminus e Ossário), regressa agora, em discurso directo, ao convívio com a ASSéDIO, companhia que promove a estreia absoluta de O Dia de Todos os Pescadores (onde interna a psicopátria no serviço de cuidados intensivos) e a leitura encenada do inédito O Terceiro Recordado (onde um casal no domingo da vida, ao serão, tenta recuperar a memória de um amigo remoto e desaparecido). A terminar esta dupla jornada, lugar ainda para uma conversa com o autor, outra oportunidade para nos familiarizarmos com a corrosiva (e necessária) voz de Francisco Luís Parreira.

de Francisco Luís Parreira encenação João Cardoso cenografia Sissa Afonso figurinos Bernardo Monteiro desenho de luz Nuno Meira sonoplastia Francisco Leal interpretação João Cardoso, Jorge Mota, Micaela Cardoso, Pedro Frias, Rosa Quiroga co-produção ASSéDIO – Associação de Ideias Obscuras, TNSJ

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