"Imperador" faz obra de dois milhões







Foi adjudicada a recuperação do Cine-Teatro Imperador, emblemática casa de espectáculos que há uma década se encontra devoluta e em avançado estado de degradação. Vai dar lugar à futura Casa das Artes e da Criatividade.

Na reunião da Câmara de S. João da Madeira, ontem, que se realizou naquele edifício, foi aprovada, por unanimidade, a adjudicação da empreitada, por dois milhões de euros, a proposta mais barata apresentada pela empresa Patrícios S.A. De acordo com o presidente da Câmara, Castro Almeida, as obras deverão iniciar-se em Março e terminam em 2010.

"É uma data importante na história do edifício e da cidade", referiu Castro Almeida, lembrando que o espaço estava "totalmente degradado e sem uso".

O autarca referiu que a obra de requalificação vai garantir a preservação da traça original, além de que o projecto vai ser uma "âncora" da nova "indústria das artes e criatividade". Especificou que, além desse espaço, também alguns edifícios devolutos da antiga metalúrgica Oliva terão como destino este tipo de actividade.

A obra recebeu o aplauso unânime da Oposição. O vereador Socialista, Américo Santos, realçou o seu "apreço" para com o ex-presidente da Câmara, Manuel Cambra, responsável pela aquisição do "Imperador" a um particular, e a todos os que "lutaram para que o edifício não fosse demolido", uma solução em tempos equacionada.

Manuel Cambra, agora vereador do CDS PP, mostrou-se igualmente agradado com a obra, lembrando que a opinião de Filipe La Féria sobre o espaço "teve uma influência muito grande" na decisão da autarquia em adquiri-lo.

A futura Casa das Artes e da Criatividade consistirá num moderno teatro multifuncional, o primeiro no país, mas com sólida experiência em diversas cidades europeias, como Berlim e Paris.

Permitirá a realização de eventos culturais como ópera, teatro, concertos sinfónicos, rock, artes circenses, congressos, passagens de modelos e, ainda, de estúdio para gravar séries televisivas.

A reconversão do Cinema Imperador foi entregue ao arquitecto projectista Filipe Oliveira Dias, autor dos projectos do Teatro Helena Sá e Costa, no Porto, e Teatro Municipal de Bragança, entre outros.
In JN

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