Almada x 25






Celebração dos 25 anos do Festival de Teatro arranca sexta-feira
Os 25 anos do Festival de Teatro de Almada serão celebrados a partir de 4 de Julho em 15 palcos diferentes e com a vinda a Portugal do Berliner Ensemble, fundado por Bertolt Brecht e Irene Weigel.

Até 18 de Julho estão previstas sete estreias nacionais e entre Almada e Lisboa subirão à cena produções de vinte companhias de oito países, às quais se junta ainda um recital de Luís Madureira com Jeff Cohen no Teatro São Luiz.



A companhia alemã Berliner Ensemble, criada em 1949, apresentará a sua mais recente produção, "Peer Gynt", de Ibsen, com direcção de Peter Zadek, nos dias 12 e 13 de Julho na sala principal do Teatro Municipal de Almada.

O festival abrirá com o espectáculo "Gulliver", de Jaime Lorca, uma produção de dança CulturArte de Moçambique, no dia 4 de Julho, sexta-feira, na Escola D. António Costa, em Almada.

O pintor, cenógrafo e figurinista João Veira, autor do cartaz oficial do festival, é a personalidade distinguida este ano, pela "responsabilidade política e a intervenção social" que caracterizaram "a busca de linguagens novas e o desejo radical de modernidade".

João Vieira, cuja actividade teatral começou ligada ao grupo de Campolide na década de 1970, terá uma exposição dedicada à sua obra plástica na Casa da Cerca, em Almada, intitulada "Não pintura".

Também na cidade de Almada, na Escola D. António da Costa, inaugurará uma exposição documental dedicada à sua vida e obra.

Paralelamente às peças levadas a cena, estão previstas exposições, colóquios e debates.

No Fórum Romeu Correia, em Almada, estará patente uma exposição organizada pela autarquia em co-produção com o Californian Museum of Photography e a galeria 212 - Berlim, intitulada "Che! mito e revolução".

Esta exposição, que já foi apresentada em Nova Iorque, Londres, Milão, Amsterdão e Barcelona, foi criada a partir da fotografia "Guerrillero Heroico", de Alberto Korda, que retrata Ernesto Guevara, e nela participam artistas como Marco Lopez, Vik Muniz, Ruben Ortiz Torres e Martin Parr.

A Casa da Cerca, além da exposição dedicada a João Vieira, será espaço para tertúlias e encontros de reflexão sob duas directrizes: "O papel presente e as perspectivas de futuro dos festivais" e "Corpos em palco e práticas cénicas".

O primeiro tema de reflexão conta com a colaboração do Instituto Internacional de Teatro Mediterâneo e o segundo com a Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.

O festival decidiu também criar este ano o Prémio Internacional de Jornalismo Festival de Almada, no valor de cinco mil euros, para distinguir o melhor texto publicado sobre esta mostra de teatro.

A extensão do festival a Lisboa integra o Teatro Nacional D. Maria II (TNDM II), Culturgest, São Luiz, Teatro do Bairro Alto/Cornucópia, Teatro Maria Matos, Instituto Franco-Português (IFP) e Casa da América Latina.

No TNDMII a Companhie Alain Olliver, de França, apresentará a peça "Le Cid", de Corneille, nos dias 16 e 17 de Julho.

O encerramento do Festival de Almada será em Lisboa, no IFP, no dia 18, com a apresentação da peça "A última história de Werther", de Inês Leitão, encenada por João Meirelles.
Sic/Lusa

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