Conservatório Nacional convida deputados a verem degradação do Salão Nobre


A Escola de Música do Conservatório Nacional, em Lisboa, convidou todos os deputados a assistirem quarta-feira a um recital no Salão Nobre, para que vejam "in loco" o estado de degradação daquele espaço centenário.

"O recital é dirigido sobretudo aos deputados, para que tenham consciência do estado em que está o salão nobre", disse hoje à agência Lusa o presidente do conselho executivo da escola, António Wagner Diniz.

O recital realiza-se quarta-feira às 18:30 no Salão Nobre do Conservatório com a participação dos pianistas Jorge Moyano e António Rosado, de alunos da escola e de Maria Barroso, antiga aluna da escola de teatro do conservatório, que fará um recital de poesia.

O concerto realiza-se numa altura em que o Movimento Fórum Cidadania e o Conservatório de Música já entregaram na Assembleia da República uma petição com cerca de 12 mil assinaturas a exigir obras de recuperação do salão nobre.

"Estamos à espera de que a petição seja discutida pelos deputados, mas antes disso convidamo-los a estarem no salão nobre para que tenham a experiência de ver ao vivo o estado em que se encontra", sublinhou Wagner Diniz.

O Salão Nobre da Escola de Música do Conservatório Nacional, palco de audições de alunos e de espectáculos de música, apresenta cadeiras partidas, alcatifas gastas, fios eléctricos visíveis, paredes esburacadas e um balcão lateral suportado por varões de ferro por estar em risco de ruir.

O Salão Nobre, localizado num edifício com cerca de 170 anos, no antigo Convento dos Caetanos, no Bairro Alto, e cujos tectos são da autoria de José Malhoa, não sofre obras de remodelação desde a década de 1940.
Lusa

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