POR DETRÁS DOS MONTES, No Viriato


Banda sonora original de Fernando Mota premiada com uma menção honrosa atribuída pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro, no âmbito do Prémio Nacional de Crítica

Teatro POR DETRÁS DOS MONTES Encenação de Miguel Seabra Teatro Meridional
Sexta, 13 Abr. 21h30 >12 anos 65 min. aprox. Preço A (5 a 10€) Preço Jovem 5€

De uma procura colectiva que descobriu e propôs caminhos, que desenhou mapas, que inquietou certezas adquiridas, que alargou horizontes, que rasgou fronteiras e provocou instabilidades surge Por detrás dos Montes, um percurso pelos segredos detrás dos montes do distrito de Bragança. No palco encontram-se os emigrantes, os idosos, os pauliteiros, os mitos, os costumes e a religião e descobre-se uma exímia exploração plástica deste mundo transmontano quase mítico.

Este espectáculo do Teatro Meridional não utiliza a palavra. Há a música interpretada ao vivo em palco e que foi criada sob o signo de John Cage, ou melhor, sob o signo das ideias de Cage acerca do silêncio e do som.

No âmbito do Prémio Nacional de Crítica, da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro, esta peça foi distinguida com uma menção honrosa a Fernando Mota pela banda sonora original do espectáculo.

Por detrás dos Montes é o segundo trabalho do projecto Províncias, actualmente, um dos caminhos artísticos do Teatro Meridional, que se caracteriza pela criação de espectáculos que têm como conceito de partida a procura da especificidade e o respeito pela singularidade identitária que marca as diferentes regiões de Portugal. O primeiro trabalho deteve-se na região do Alentejo, através do espectáculo Para Além do Tejo (Prémio Nacional da Crítica 2004) e agora, Por detrás dos Montes debruça-se sobre a região de Trás-os-Montes, tendo como de partida referencial o distrito de Bragança, no Nordeste Transmontano.

Na base de construção deste espectáculo estiveram três residências artísticas de alguns elementos da equipa em diferentes momentos do ano (Dezembro de 2005 e Fevereiro e Agosto de 2006), e duas residências artísticas com todos os criadores do espectáculo (Setembro e Novembro de 2006). O trabalho artístico e técnico desenvolvido integrou ainda um workshop sobre marionetas, com o encenador, João Paulo Seara Cardoso (Teatro de Marionetas do Porto), e um trabalho de Taiji Qigong, diário e continuado, com Pedro Rodrigues.

Criação Teatro Meridional Concepção e direcção cénica Miguel Seabra Dramaturgia e Assistência artística Natália Luíza Interpretação Carla Galvão, Carla Maciel, Fernando Mora, Mónica Garnel, Pedro Gil, Pedro Martinez e Romeu Costa Música Fernando Mota Marionetas Eric da Costa Co-produção Teatro Meridional - Ass. Meridional de Cultura / Teatro Municipal Bragança / Câmara Municipal de Bragança / Teatro Nacional S. João

//Biografias
Teatro Meridional
O Teatro Meridional é uma companhia portuguesa que nos seus espectáculos procura um caminho onde o trabalho de interpretação do actor é protagonista.
As principais linhas de actuação artística do Teatro Meridional prendem-se com a encenação de textos originais (lançando o desafio a autores para arriscarem a escrita dramatúrgica), com a criação de novas dramaturgias baseadas em adaptações de textos não teatrais (com relevo para a ligação ao universo da lusofonia, procurando fazer da língua portuguesa um encontro com a sua própria história), com a encenação e adaptação de textos maiores da dramaturgia mundial, e com a criação de espectáculos onde a palavra não é a principal forma de comunicação cénica.
Realizou até à data 29 produções, tendo já apresentado os seus trabalhos em 17 países - Espanha, Itália, França, Cabo Verde, Brasil, Timor, Marrocos, Jordânia, Colômbia, Bolívia, Argentina, EUA, México, Chile, Paraguai, Equador e Uruguai - para além de realizar uma itinerância anual por Portugal Continental e ilhas.
Desde 1992, ano da sua fundação, os trabalhos do Teatro Meridional já foram distinguidos 17 vezes a nível nacional e 5 a nível internacional.

Miguel Seabra (Concepção, Direcção Cénica e Desenho de Luz)
Lisboa, 1965
Terminou a Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa – Curso de Formação de Actores – em 1992. Nesse mesmo ano funda o Teatro Meridional, companhia que dirige e que tem marcado o seu percurso artístico como actor, encenador, desenhador de luz, formador e produtor.

Natália Luíza (Dramaturgia e Assistência Artística)
Moçambique, 1960
Licenciada pela Escola Superior de Teatro e Cinema, bacharel em Psicologia e Ciências da Educação de Lisboa. Encontra-se actualmente a frequentar o mestrado em Estudos Africanos no ISCTE. Tem dividido a sua actividade como encenadora, formadora e actriz. É co-directora artística do Teatro Meridional.

Fernando Mota (Interpretação – Música)
Lisboa, 1973
Faz música para teatro, dança e vídeo desde 1994. Trabalhou como compositor, músico e actor com diversas companhias e encenadores europeus. Enquanto multi-instrumentista, tem explorado instrumentos tradicionais portugueses e de outras culturas. Trabalha na construção de instrumentos experimentais e na manipulação sonora através da electro-acústica e da informática. Desde 2002 que colabora regularmente com o Teatro Meridional.

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