Teatro online para sócios do TEP



Constelação III: Santos da casa não fazem milagres
Disponível entre 14 - 21 MAIO

2011 | Já passaram quantos anos, perguntou ele, de Rui Pina Coelho
2014 | Nós somos os Rolling Stones, de Rui Pina Coelho
2016 | Toda a gente, de Rui Pina Coelho -> EM EXIBIÇÃO
2016 | What a Rogue am I!, de Rui Pina Coelho -> EM EXIBIÇÃO

TODA A GENTE
de Rui Pina Coelho 

Toda a gente é uma espécie de moralidade sobre a felicidade. É uma peça sobre a necessidade imperiosa de sermos felizes - nem que tenha de ser à força. Trata de uma família que está separada e dispersa pelo mundo por razões laborais. Emigraram. São migrantes económicos, diz-se agora. Está, contudo, tudo a correr muito bem. Não há nenhuma tragédia nem nenhum drama. É só a vida. Tem de ser. Vendo bem, até tem alguma graça, isto tudo. A emigração, cidades novas por descobrir e assim. A mobilidade laboral trouxe, com efeito, a melhoria do bem-estar individual, melhores condições de trabalho, mais dinheiro, melhores perspectivas de futuro. Emancipação. Tudo bom. Eppur... Não há liberdade quando só se pode escolher entre duas más opções ou entre só uma boa opção e uma má. Só há liberdade a sério quando se pode optar entre duas boas opções, dizia já não me lembra quem. Aqui "ninguém" tem boas opções e "toda a gente" quer ser feliz. "Ninguém" percebeu ainda nada disto e "toda a gente" anda à procura.

Texto: Rui Pina Coelho 
Encenação: Gonçalo Amorim 
Interpretação: Catarina Gomes, Gonçalo Amorim, João Miguel Mota, Manuel Nabais, Maria do Céu Ribeiro e Paulo Moura Lopes
Cenografia e figurinos: Catarina Barros 
Desenho de luz: Francisco Tavares Teles
Música original e sonoplastia: Pedro João e Ricardo Nogueira
Classificação etária: M/12 
Estreia: março de 2016, Teatro Campo Alegre - Teatro Municipal do Porto

WHAT A ROGUE AM I!
de Rui Pina Coelho

Na segunda cena do segundo acto de Hamlet, o pobre herói shakespeariano lamentava: “Oh, what a rogue and peasant slave am I!”.  
O título deste espectáculo, trazemo-lo do desencanto de Hamlet, mas o corpus romanesco a partir do qual o texto se ergue vem do pós-Segunda Guerra Mundial britânico até à contemporaneidade. O corpus textual escolhido figura um tipo de herói geralmente conhecido por “Rogue”, referindo-se a alguém pertencente a uma classe de vagabundos, normalmente descrito como um marginal, desonesto e sem princípios. Com efeito, a personagem literária do “rogue” revela-se como um excelente meio de reflexão social, política e filosófica, encontrando-se intimamente associada a um projecto de ficção desenvolvido pelos autores que, nos seus romances, elegem esta personagem como protagonista, tais como: Joyce Cary, The Horse’s Mouth (1944); Iris Murdoch’s Under the Net (1954); John Wain, Hurry on Down (1953), Kingsley Amis, Lucky Jim (1954), John Braine, Room at the Top (1957) e Alan Sillitoe, Saturday Night and Sunday Morning (1958). Assim, What a Rogue am I! constrói-se no diálogo com estas obras, criando um discurso para um casal evocativo de parelhas como as de Bonnie e Clyde ou Mickey e Mallory, que atravessa a história da Europa da segunda metade do século XX, desembocando num cada vez mais confuso século XXI. 

Texto: Rui Pina Coelho, a partir da monografia What about the Rogue? Survival and Metamorphosis in Contemporary British Literature and Culture (2011), de Ana Raquel Lourenço Fernandes
Encenação: Gonçalo Amorim 
Interpretação: Ana Brandão e Cláudio da Silva
Cenografia e figurinos: Catarina Barros 
Desenho de luz: Francisco Tavares Teles 
Assistência de encenação: Filipe Abreu
Assistência de cenografia: Renato Ribeiro e Ana Monteiro
Sonoplastia: Filipe Abreu e Gonçalo Amorim
Vídeo: Renato Ribeiro, Filipe Abreu e Gonçalo Amorim
Coprodução: TEP e Teatro Municipal do Porto
Classificação etária: M/14
Estreia: novembro de 2016, Teatro Municipal do Porto - Rivoli 

+ CONVERSA
com Gonçalo Amorim e Rui Pina Coelho

Numa conversa online, Gonçalo Amorim, encenador e diretor artístico do Teatro Experimental do Porto, e o dramaturgista Rui Pina Coelho apresentam a Constelação III: Santos da casa não fazem milagres. 

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Com a atividade teatral suspensa, devido às medidas tomadas para conter a propagação do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o TEP entrou em período de reticência artística… Uma nova agenda para a programação prevista será anunciada oportunamente. 

Entretanto, fazemos propostas alternativas. Os Associados do TEP têm acesso à programação "Dez anos a andar na linha", uma seleção de espetáculos do TEP no canal vimeo. Esta difusão é restrita e, para isso, será enviada uma chave que permite visionar os diferentes espectáculos por um período limitado de tempo. Semanalmente, serão disponibilizadas novas peças. 

TORNE-SE SÓCIO DO
CÍRCULO DE CULTURA TEATRAL/TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO
O Teatro Experimental do Porto tem sessenta e sete anos de atividade e, desde então, conta com o apoio significativo dos seus Associados. Este é o momento de reforçar a comunidade de todos os que se interessam por teatro e, por isso, convidamo-lo a fazer parte da nossa massa associativa. Torne-se sócio/a do Teatro Experimental do Porto e poderá assistir gratuitamente a todos os nossos espetáculos, assim que a atividade for retomada. A anuidade tem o valor de 30 euros.

Solicite a sua ficha de inscrição (ou surpreenda um amigo/familiar com a ficha de inscrição oferta) enviando um e-mail para cct.tep@gmail com

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