Viagem pela música instrumental europeia durante a centúria que se estende dos finais do século XVII ao do século XVIII. A iniciar, uma obra de Arcangelo Corelli. O seu Concerto grosso em Sol menor op. 6, n.º 8, foi provavelmente escrito na década de 80 do século XVII, apesar de publicado (postumamente) apenas em 1714 como um dos 12 Concerti grossi, op. 6. Este opus 6, n.º 8 (ou Concerto de Natal, pois contém a indicação de que é fatto per la notte di Natale) termina com uma conhecida Pastorale. Há relatos de que o próprio Corelli o interpretou no Natal de 1690.
Depois, passagem do testemunho de Itália para a Alemanha, com o Concerto para dois violinos (BWV 1043) de Johann Sebastian Bach, composto cerca de meio século depois da obra de Corelli. É uma das obras mais famosas e reconhecidas do germânico e, consequentemente, considerada uma das obras-primas do Barroco. No expressivo segundo andamento Largo ma non tanto a orquestra deixa os dois violinos solistas espalharem livremente uma enorme carga emotiva.
Por fim, deslocação para a Áustria, onde em Viena, na segunda metade do século XVIII, foi criado, ensaiado e vivido o Classicismo. A encerrar o concerto, uma das mais célebres obras de Mozart a Sinfonia Praga (Sinfonia n.º 38, em Ré Maior K. 504). Estreada em Praga em 1787, poucas semanas depois da estreia de Le nozze di Figaro, esta obra cristaliza o grande
PROGRAMA
Modelo criado por Haydn e prepara o advento de Beethoven. Arcangelo Corelli, Concerto Grosso em Sol menor op. 6/8 Johann Sebastian Bach, Concerto em Ré menor para dois violinos BWV 1043 Wolfgang Amadeus Mozart, Sinfonia n.º 38 em Ré Maior K. 504, Praga
Violino Pedro Meireles, Alexander Stewart
Direção musical Antonio Pirolli
Orquestra Sinfónica Portuguesa
(Maestrina titular Joana Carneiro)
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