Vinte espetáculos na 20.ª edição do Festival de Teatro Académico de Lisboa



Vinte espetáculos, dezasseis dos quais em competição, preenchem a 20.ª edição do Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa (FATAL), a decorrer de 02 a 12 de maio, em vários espaços da Universidade de Lisboa, foi anunciado.
Na apresentação do certame, o reitor da Universidade de Lisboa (UL), António Cruz Serra, sublinhou a importância do FATAL na formação dos estudantes e na integração das diferentes escolas da universidade, contribuindo para "a consolidação da identidade da Universidade de Lisboa".

"Mas vai mais além: integra outros grupos de teatro e outros públicos em diálogo permanente com a sua cidade de Lisboa", frisou António Cruz Serra, acrescentando que esta edição do festival "tem a maior honra" em homenagear a criadora da iniciativa, Isabel Maçana Bruxo.

Em 1996, a então diretora do Gabinete de Atividades Culturais da Universidade de Lisboa organizou um ciclo de Teatro Universitário, intitulado "UL em cena", iniciativa de sucesso e que viria a dar origem ao FATAL, que teve "o incentivo indiscutível" do então reitor da Universidade de Lisboa José Barata-Moura.

"Medeia", sobre a tragédia de Eurípides, pela Associação Cultural Thíasos, da Universidade de Coimbra, abre, em 02 de maio, no auditório Orlando Ribeiro, a secção "Em Competição".

"A Freira no Subterrâneo", a partir de Camilo Castelo Branco, "O Mercador de Veneza", sobre Shakespeare, "Albergue Noturno", de Gorki, "Histórias de guerra e alguidar", de A. Branco, e "Pistris, tubarão eu?", de Adriana Sá Couto, constam das peças daquela secção que termina com a apresentação do "Stabat mater", de Antonio Tarantino, em 12 de maio, no auditório Carlos Paredes.

Nos grupos de teatro universitário "Em Competição" contam-se, da UL, o Cénico de Direito, o Grupo de Teatro de Letras (GTL) e o ARTEC, também de Letras, o Fc-Acto, Grupo de Teatro da Faculdade de Ciências, o Tubo de Ensaios, da Faculdade de Farmácia, o Ultimacto, da Faculdade de Psicologia e Instituto de Educação, e o Grupo de Teatro do Instituto Superior Técnico.

A estes juntam-se o Grupo de Teatro da Nova, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, e Novo Núcleo Teatro, da Faculdade de Ciências e Tecnologia, também da Universidade Nova de Lisboa, o Noster, Grupo de Teatro da Universidade Católica, o Grupo de Artes Performativas da Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa, e o mISCuTEm, do ISCTE/Instituto Universitário de Lisboa.

Estão também em competição propostas do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC), do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC), e da Associação Cultural Thíasos, também da Universidade de Coimbra, assim como do Teatro Universitário do Porto (TUP).

Segundo a organização do FATAL, os 16 espetáculos nomeados para competição resultam da análise efetuada, este ano, pelo grupo de seleção, cabendo depois ao júri atribuir os prémios FATAL e o FATAL Cidade de Lisboa.

À semelhança de outras edições, o 20.º FATAL apresenta ainda a rubrica "Mais FATAL", que a organização define como um espaço de expressão plural e de promoção do "teatro universitário para todos".

"Ritmo `eu`", proposto pelo teatro da Universidade de Évora, "Um acontecimento em Goga", montagem do Teatro Académico da Universidade de Lisboa, "Cântico negro", pelo Grupo de Teatro da Universidade da Beira Interior, e "Lobisomem- the musical", pela Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa, são os espetáculos integrados naquela rubrica.

Em paralelo ao certame, haverá um ciclo de tertúlias no qual será debatida a atualidade do teatro universitário em Portugal.

"Construir a memória", "Dramaturgia contemporânea e teatro universitário", "Como se faz teatro universitário hoje?" e os "40 anos de GrETUA [Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro] em tertúlia" são os títulos das sessões que preenchem o ciclo de conversas.

Esta edição do FATAL volta a incluir a rubrica "Outras cenas", com seis iniciativas a decorrer a partir do próximo sábado, em prenúncio da competição, que se prolongam até maio (no caso das exposições), em vários espaços da UL: "Ignição", performances em parceria com o Gerador, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência; uma "versão multivozes" de "A Voz Humana", de Jean Cocteau, na Reitoria da UL; "Da Terra, Vida Verde Nasce", uma viagem pelo Jardim Botânico de Lisboa; "Fluxo", performance interdisciplinar, a partir da história da cisterna do antigo Convento de São Francisco, da Faculdade de Belas Artes, de Lisboa; a exposição dos 25 anos do Artec, no Caleidoscópio, espaço da UL.

A mostra "FATAL Caixa Negra", do Movimento de Expressão Fotográfica (MEF) da UL, abre no dia 23, no auditório da Cantina Velha. Trata-se de uma instalação artística que, segundo a organização do festival, resulta da parceria com o MEF e "que pretende ser um elogio" aos vinte anos de promoção do teatro universitário nacional e internacional, pela Universidade de Lisboa, através do FATAL.

A 20.ª edição fica ainda marcada pelo alargamento do festival a diferentes equipamentos da cidade de Lisboa, entre os quais os auditórios Carlos Paredes, em Benfica, e da Biblioteca Orlando Ribeiro, no Lumiar, e ao da Biblioteca de Marvila, além das instalações da UL.

O programa ficará disponível em fatal.ulisboa.pt.
Lusa

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