"Diálogo Entre Um Padre e Um Moribundo" do Marquês de Sade
É de 1959, esta edição de Diálogo Entre Um Padre e Um Moribundo, o número 10 da coleção Teatro no Bolso da Contraponto, editora fundada por Luiz Pacheco, o primeiro editor português do Marquês de Sade. No diálogo, um padre obtuso e dogmático enfrenta um libertino ateu. Aos ensinamentos da fé cristã, o devasso não cessa de opor a razão, justificando o seu ponto de vista com uma densa argumentação filosófica fundada nas teses materialistas que refutam a existência de Deus. No final, o libertino derrota o padre e arrasta-o para a perdição, “condenando-o” à companhia de “seis mulheres mais belas que o dia”. À morte de um ateu consequente sucede o nascimento de um novo libertino, o leito de morte volve-se em palco de prazer, o diálogo filosófico dá-se ares de arte dramática. Leitor arguto e editor corajoso, Luiz Pacheco desviou com a sua proverbial insolência um texto não-dramático para uma coleção de teatro. Fazem-nos falta editores assim.
Coordenação: Nuno M Cardoso, Paula Braga
Organização: TNSJ
Convidado: João Pedro George
"Diálogo Entre Um Padre e Um Moribundo"
Mosteiro São Bento da Vitória
R. de São Bento da Vitória 45, 4050-542 Porto
16 de Abril 2019
21:00H
Entrada livre
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