Alguém disse que editar peças de teatro durante a ditadura salazarista foi uma missão de “apóstolos”, isto é, de propagandistas dedicados e corajosos de ideias. As Leituras no Mosteiro promovem um périplo pelo mundo da edição dos anos 1950-60, período que viu nascer algumas coleções de livros de bolso com títulos, autores e capas desafiantes. De entre esses “apóstolos” sobressai o controverso Luiz Pacheco, que dirigiu a partir de 1956, na editora Contraponto, a coleção Teatro no Bolso. Tirésias, o drama surrealista de Guillaume Apollinaire, o 17.º volume dessa coleção, é o nosso ponto de partida. A Prelo Editora e a Editorial Presença surgem ambas em 1960, com apostas consistentes no género dramático. Da primeira, integrada na coleção Repertório para um Teatro Atual, dirigida por Luiz Francisco Rebello, vamos ler Guilherme Tell Tem os Olhos Tristes, de Alfonso Sastre, peça do ciclo “Dramas da Revolução” do dramaturgo espanhol. Da segunda, escolhemos um volume da Coleção Presença, Joana d’Arc: A Cotovia, de Jean Anouilh, peça que se desenrola em torno do processo que conduziu a “Donzela de Orleães” à fogueira. Em abril, regressamos com mais títulos destas editoras. A 26 de fevereiro, promovemos uma sessão extraprograma, para ler textos feitos ao longo do primeiro semestre do curso de pós-graduação em Dramaturgia, recentemente criado pela ESMAE e de que o TNSJ e a RTP são parceiros ativos.
COORDENAÇÃO: Nuno M Cardoso, Paula Braga
ORGANIZAÇÃO: TNSJ
"Leituras no Mosteiro"
Mosteiro São Bento da Vitória
Porto
19 de Março às 21:00H
Entrada Livre
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