Foi no dia 27 de Fevereiro que a actriz Io Appollini celebrou os 50 anos da sua chegada a Portugal.
Io Apolloni, de seu nome Giuseppina Appolloni nasceu em Camino di Verchiano, em 1945 e adoptou o nome artístico de Io Appolloni tendo adquirido a nacionalidade portuguesa a 19 de Março de 1975.
No início da adolescência muda-se para Roma, onde foi frequentar a Escola Experimental de Cinematografia de Roma, ao terminar o curso de Interpretação, a escola atribuiu como prémio aos seus finalistas uma ida ao Festival de Cinema de Veneza e é aí que Io desperta a atenção do espanhol Cesário Gonçalves, agente de artistas como Joselito, Lola Flores e Sarita Montiel, que propõe a Io participar num filme, a rodar em Espanha, pelo realizador Manuel Mur Oti. É graças a este encontro que Io vem a filmar em 1965, a longa-metragem "Louca Juventude" onde contracena com Joselito. Mo mesmo ano tem uma participação no filme, "Jenny, a Mulher Proibida", de Juan Bardem e em "Comizi d'amore", de Pier Paolo Pasolini, estreia-se também como cantora no Casino de Gibraltar.
Entretanto é convidada a vir a Portugal para participar na revista "Sopa no Mel" (1965), de Aníbal Nazaré, a partir daí desenvolveu uma forte actividade artística em Portugal tendo participado em "E Viva o Velho!", Teatro Maria Vitória (1965), "Esta Lisboa que eu Amo", Teatro Monumental (1966), "Duas Pernas...Um Milhão", Teatro Capitólio e "Como Vencer na Vida sem Fazer Força", Teatro Capitólio (ambas em 1967), "O Vison Voador", Teatro Villaret (1969), "Alto Lá Com Elas", Teatro ABC (1970), entre dezenas de outras.
"Os Bancários Também Têm Alma", Teatro Villaret
Também no cinema a sua actividade com actriz foi notória tendo participado em "Derrapagem", de Constantino Esteves, (1973), "Sofia ou a Educação Sexual", de Eduardo Geada, (1974), "O Funeral do Patrão", de Eduardo Geada (1975), "A Santa Aliança", de Eduardo Geada (1980), "A Vida É Bela?!", de Luís Galvão Teles (1981), "Passagem Por Lisboa", de Eduardo Geada (1994), "Três Irmãos", de Teresa Villaverde (1994), "Tráfico", de João Botelho (1998), "Aparelho Voador a Baixa Altitude", de Solveig Nordlund (2001), "A Mulher Que Acreditava Ser Presidente dos E.U.A", de João Botelho (2002), "Transe" de Teresa Villaverde (2005), entre outros.
Participou ainda em dezenas de séries de televisão como "As Aventuras do Camilo", "Médico de Família" ou "Floribella".
Para além da carreira de actriz, é empresária e especialista em doces tendo editou o livro "Os doces da Io" em 1997 e em 2018 a sua autobiografia "Uma Vida Agridoce".
Leia mais nesta entrevista ao Observador
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