Rogério Octávio Costa Matos, Octávio Matos, nasceu no Porto a 5 de Abril de 1939.
Filho do também actor e ilusionista Octávio de Matos (1890 — 1964), Octávio subiu ao palco pela primeira vez aos quatro anos com o pai e foi também com essa idade que se estreia como actor numa revista infantil, em Lourenço Marques.
Octávio com o pai Octávio de Matos e a mãe Irene Matos
Profissionalmente, estreou-se aos 17 anos, precisamente no dia de anos do seu pai, 20 de Abril de 1956.
Durante a segunda metade do século XX tornou-se num nome incontornável do teatro de revista onde, para além de actor, se notabiliza como encenador ou director de actores, levando o teatro em digressões pelo país, pelas ex-colónias portuguesas e pelas comunidades portuguesas.
Entre os espectáculos nos quais participou estão no teatro Variedades “Boeing Boeing”, no Teatro Avenida “A mala da Bernardette” (1959), no Teatro Maria Vitória “Chá-chá-chá” (1960), “Põe-te a Pau!” (1962), “Bate certo” (1963), “Haja Alegria!” (1963), “Ó Pá, Não Fiques Calado!” (1963), “Nazaré“ (1964), “De Vento em Popa!” (1966) “O Prato do Dia” (1970), “Pimenta na Língua!” (1979), “Cala-te Boca!” (1971); no Teatro Monumental “O gato” (1963), “Lisboa é Sempre Mulher” (1968), “Simplesmente Revista” (1973), “Lisboa Acordou” (1975); no Teatro ABC "Zona Azul” (1965), “Saídas da Casca” (1971), “Viva a Pandilha...” (1975), “Em Águas de Bacalhau” (1977), “Ó da Guarda” (1977), “Direita Volver!” (1978), “Põe-te na Bicha” (1978), “Chá e Porradas” (1982), “Pijama Para Seis” (1988), no Teatro Capitólio “Sexo, nunca! somos britânicos” (1973), e ainda “As Taradas” (1982 - Sá da Bandeira), “Sapateado” (1986 - Teatro Villaret) de regresso ao Maria Vitória “Quem Tem ECU Tem Medo” (1992), “A Revista É Liiiinda!” (2005), “Já Viram Isto?!...” (2006) ou “Vamos Contar Mentiras” (2011), “Não Há Euros P'ra Ninguém” (2012) “Quem É o Jeremias?” (2014).
Na televisão, registam-se um vasto número de participações em séries e programas, como “Os Batanetes” , “O Prédio do Vasco”, “A Família Mata”, ”Cenas do Casamento”, “Chiquititas”, ”Floribella”, “Inspector Max”, “Maré Alta”, ”Queridas Feras”, “As Férias do Tonecas”, “Não Há Pai”, “Camilo, o Pendura”, “Bons Vizinhos”, “Super Pai”, “Bacalhau com Todos”, “Cruzamentos”, “Companhia do Riso”, “Nós os Ricos”, “Uma Casa em Fanicos”, “Um Sarilho Chamado Marina”, “Não Há Duas Sem Três”, ”Médico de Família”, “Bom Baião”, “Lelé e Zequinha”, “As Aventuras do Camilo”, “Pensão Estrela”, “Camilo &... Filhas!”, “As Lições do Tonecas”, “Nico d'Obra”, “Cos(z)ido à Portuguesa”, “Giras e Pirosas”, “O Cacilheiro do Amor”, “Clubíssimo”, “Eu Show Nico”, “ Riso e Ritmo” ou “Melodias de Sempre” ou as telenovelas “Ajuste de Contas”, “Jardins Proibidos”, “Terra Mãe”, “Perfeito Coração”, “Primeiro Amor”, “Ganância”.
Octávio Matos no Centro Cultural do Cartaxo em "José Raposo Convida" - Tertúlia de José Raposo a 29 de Junho de 2014
(foto de Vitor Neno)
No cinema participou em “O Parque das Ilusões”, de Perdigão Queiroga (1963), “Cruz de Ferro”, de Jorge Brum do Canto (1969), “Derrapagem”, de Constantino Esteves (1974), “A Flor e a Vida”, de Francisco Saalfeld (1980), e “Balas & Bolinhos 3 - O Último Capítulo”, de Luís Ismael (2012), sendo que teve uma forte actividade na dobragem de cinema de animação em filmes como “Piglet - O Filme”, “Winnie the Pooh” ou “O Panda do Kung Fu 3”.
Octávio e Florbela Queiroz com tropas portuguesas num acampamento em Moçambique
Em 2007, recebeu da Câmara Municipal de Lisboa a Medalha de Mérito Municipal, no seu Grau Prata, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Teatro.
Octávio matos faleceu em sua casa, em Lisboa, a 3 de Fevereiro de 2019, aos 79 anos.
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