No Village Underground Lisboa, em estreia absoluta o espectáculo “CÉU”, de 18 de Outubro a 18 de Novembro, de 4ª a 6ª feira às 21h30.
De 18 de Outubro a 18 de Novembro 2017
4ª a 6ª às 21h30
VILLAGE UNDERGROUND LISBOA
museu da carris | estação de santo amaro
rua 1º de maio, 103 - Lisboa
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
autor: XAVIER PEREIRA
encenador: JOÃO ASCENSO
interpretação: ANA LÚCIA MAGALHÃES | CATARINA MAGO | CATARINA SIQUEIRA | LAURA BARBOSA | MIKAELA LUPO
assistente de encenação: PATRÍCIA DUARTE
desenho de luz e som: PAULO SANTOS
Design gráfico: PAULO CRUZ
fotografia: FERNANDO NUWANDA, SUPERLATIVEMINDS | ULISSES ALMEIDA
vídeo: ULISSES ALMEIDA
direcção de comunicação: RUY MALHEIRO
produtor executivo: LUÍS DE MACEDO
produtor: DUARTE NUNO DE VASCONCELLOS
produção: Buzico! Produções Artísticas
O jovem dramaturgo Xavier Pereira é um reincidente na escrita para teatro. Fá-lo agora com “Céu”, cuja estreia se anuncia para dia 18 de Outubro no Village Underground Lisboa, constituindo a 18.a produção de palco da Buzico! com João Ascenso a assinar a encenação do espectáculo.
Como todos os títulos, este encerra um programa que, contudo, é desde logo desconstruído, precisamente pelo aberto metaforizante da própria palavra céu; por lógica, espaço infindo, pano semântico de eternidades, de sonhos e de redenção na economia da Salvação! E é sob este céu que cinco jovens personagens femininas, entregues às actrizes Ana Lúcia Magalhães, Catarina Mago, Catarina Siqueira, Laura Barbosa e Mikaela Lupo, recriam a possibilidade dum retrato geracional que, numa espécie de apoteose tecnológica de omnipresença se presta à ilusão duma permanente comunicabilidade virtual, quase rarefazendo a possibilidade do real.
É um texto de pessoas-ilha que desaprenderam o tempo físico do estar (do estar efectivamente para alguém), do ouvir, do atentar, do tocar e do conviver. E sendo isso, não é, pelas melhores razões, nem um manifesto, nem uma tipificação. É antes um olhar equidistante e quotidiano dum coletâneo sobre cinco raparigas (sem que desse facto resulte um texto subsidiário dum discurso de género) que, decorrente dum acontecimento marcante, despertam da atonia em que estão imersas para, por assim dizer, regressarem a uma vivência concreta das suas pessoas, das suas vidas e da amizade que as une duma forma pungente, embora disso quase já não dessem conta.
Como qualquer texto teatral, “Céu” é o pretexto para um olhar que que procura ver e dar a ver. Mesmo que nas suas margens, duma maneira ou doutra, todos cabemos nele, isto porque Xavier Pereira constrói um texto sobre gente jovem sem nunca o acantonar no logro dum espectáculo ‘para’ jovens.
A um tempo todos nós somos uma frase duma qualquer personagem. Perceberão isso em Outubro...
SINOPSE
Cinco mulheres, amigas desde o tempo de faculdade, deixam que a vida siga o seu caminho até que acontece algo que pensaram nunca ser possível. Uma mensagem de telemóvel marca uma descoberta terrível que promete abalar o que os anos construíram. Dúvidas, remorsos e uma chuva de sentimentos que só encontra eco num céu que se quer pintado em tons claros. E no final, uma pergunta: conseguirão elas superar o inesperado que a vida lhes guardou?
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