Transição pacífica dará o lugar a Olivier Mantei em 2010
É só em 2010, mas a notícia avançada pelo "Le Monde" já corre. Peter Brook, encenador inglês que desde 1974 dirige o parisiense Théâtre Bouffes du Nord, vai abandonar o cargo. Aos 83 anos Brook anunciou que ele e a co-directora Micheline Rozan vão, numa transição pacífica, dar o lugar a Olivier Mantei, 43 anos, director-adjunto da Ópera-Comique e responsável pela programação do Bouffes, e Olivier Poubelle, 48, empresário de espectáculos.
Quando foi para o Bouffes du Nord, um teatro do século XIX, Brook ocupou-o quase sem fazer obras e mantendo as paredes vermelhas a descascar. Foi lá que criou espectáculos como "Mahabharata", ainda hoje referido como um marco na sua carreira, que reuniu em palco pessoas de duas dezenas de nacionalidades.
Peter Brook é um dos mais respeitados homens de teatro europeus - não só como encenador, também como teórico. Obras como "O Espaço Vazio" (publicado no final dos anos 60) ou "O Diabo e o Aborrecimento" (início dos anos 90) são obrigatórias para perceber o seu teatro - defende a criação de um espaço vazio para que a realidade irrompa e recusa a verdade única no teatro, dizendo que as peças se vão construindo de acordo com espaço cénico que habitam. A ideia de pureza é uma das suas "obsessões".
A sua linguagem é despojada e simples e cruza diversas culturas (tem trabalhado bastante a cultura africana). Os espectáculos de Peter Brook têm vindo regularmente a Portugal. O último foi "Sizwe Banzi Est Mort", em 2007, no Festival de Almada, espectáculo em que um actor-rapper interpretava uma peça sul-africana.
É só em 2010, mas a notícia avançada pelo "Le Monde" já corre. Peter Brook, encenador inglês que desde 1974 dirige o parisiense Théâtre Bouffes du Nord, vai abandonar o cargo. Aos 83 anos Brook anunciou que ele e a co-directora Micheline Rozan vão, numa transição pacífica, dar o lugar a Olivier Mantei, 43 anos, director-adjunto da Ópera-Comique e responsável pela programação do Bouffes, e Olivier Poubelle, 48, empresário de espectáculos.
Quando foi para o Bouffes du Nord, um teatro do século XIX, Brook ocupou-o quase sem fazer obras e mantendo as paredes vermelhas a descascar. Foi lá que criou espectáculos como "Mahabharata", ainda hoje referido como um marco na sua carreira, que reuniu em palco pessoas de duas dezenas de nacionalidades.
Peter Brook é um dos mais respeitados homens de teatro europeus - não só como encenador, também como teórico. Obras como "O Espaço Vazio" (publicado no final dos anos 60) ou "O Diabo e o Aborrecimento" (início dos anos 90) são obrigatórias para perceber o seu teatro - defende a criação de um espaço vazio para que a realidade irrompa e recusa a verdade única no teatro, dizendo que as peças se vão construindo de acordo com espaço cénico que habitam. A ideia de pureza é uma das suas "obsessões".
A sua linguagem é despojada e simples e cruza diversas culturas (tem trabalhado bastante a cultura africana). Os espectáculos de Peter Brook têm vindo regularmente a Portugal. O último foi "Sizwe Banzi Est Mort", em 2007, no Festival de Almada, espectáculo em que um actor-rapper interpretava uma peça sul-africana.
Joana Gorjão Henriques
in Publico
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