A ex-ministra da Cultura Isabel Pires de Lima afirmou que a situação no Teatro Nacional D. Maria II é "grave" e que este atravessa uma fase de "dormência", sem programação.
"Eu acho estranho não haver sinais do D. Maria II. O que me parece grave é não percebermos se o D. Maria existe ou não existe, a nova programação não foi apresentada", criticou a actual deputada socialista em declarações à Lusa.
O encenador Carlos Fragateiro, escolhido por Isabel Pires de Lima para a direcção do Teatro Nacional D. Maria II, presidindo também ao conselho de administração, foi afastado em Julho por despacho conjunto dos Ministérios da Cultura e das Finanças.
Segundo as explicações do Ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, a exoneração foi decidida com base em "factos fundamentados" relacionados com a "natureza da gestão".
"Eu compreendo que o senhor ministro entenda que a orientação que estava a ser dada ao D. Maria não seja aquela que deve ser dada a um teatro nacional, está nas suas funções fazer essa avaliação", afirmou Pires de Lima.
"Não compreendo é porque é que o D. Maria II não está a funcionar com alguma vitalidade e também não entendo porque é que há necessidade de quatro pessoas para gerir o teatro (uma administração de três pessoas e um director artístico que até agora não foi nomeado)", acrescentou a ex-ministra.
A deputada da bancada socialista considerou a nova direcção do teatro "excessiva", alegando que o Teatro Nacional de São João, no Porto, gere mais espaços com menos gente.
"Eu apenas reajo perante a dormência do Teatro Nacional e perante esta nova organização da direcção, tanto mais que a nova presidente do conselho de administração (Maria João Brilhante), é uma grande investigadora da área do teatro e parece-me que teria todas as capacidades para ser directora artística", referiu.
Isabel Pires de Lima deixou o Governo no final de Janeiro e, desde então, assumiu o lugar de deputada na Assembleia da República.
Questionada sobre o seu futuro político, a ex-ministra referiu que ainda não sabe se continuará no Parlamento na próxima legislatura (as eleições são em 2009) ou se regressa à sua actividade de professora universitária.
"Estou como o deputado Manuel Alegre: em política a gente nunca diz nunca, aliás não é em política, é na política da vida. Eu não sei neste momento ainda dizer-lhe se regresso à universidade ou se me mantenho da vida política", afirmou.
EO.
Lusa/fim
"Eu acho estranho não haver sinais do D. Maria II. O que me parece grave é não percebermos se o D. Maria existe ou não existe, a nova programação não foi apresentada", criticou a actual deputada socialista em declarações à Lusa.
O encenador Carlos Fragateiro, escolhido por Isabel Pires de Lima para a direcção do Teatro Nacional D. Maria II, presidindo também ao conselho de administração, foi afastado em Julho por despacho conjunto dos Ministérios da Cultura e das Finanças.
Segundo as explicações do Ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, a exoneração foi decidida com base em "factos fundamentados" relacionados com a "natureza da gestão".
"Eu compreendo que o senhor ministro entenda que a orientação que estava a ser dada ao D. Maria não seja aquela que deve ser dada a um teatro nacional, está nas suas funções fazer essa avaliação", afirmou Pires de Lima.
"Não compreendo é porque é que o D. Maria II não está a funcionar com alguma vitalidade e também não entendo porque é que há necessidade de quatro pessoas para gerir o teatro (uma administração de três pessoas e um director artístico que até agora não foi nomeado)", acrescentou a ex-ministra.
A deputada da bancada socialista considerou a nova direcção do teatro "excessiva", alegando que o Teatro Nacional de São João, no Porto, gere mais espaços com menos gente.
"Eu apenas reajo perante a dormência do Teatro Nacional e perante esta nova organização da direcção, tanto mais que a nova presidente do conselho de administração (Maria João Brilhante), é uma grande investigadora da área do teatro e parece-me que teria todas as capacidades para ser directora artística", referiu.
Isabel Pires de Lima deixou o Governo no final de Janeiro e, desde então, assumiu o lugar de deputada na Assembleia da República.
Questionada sobre o seu futuro político, a ex-ministra referiu que ainda não sabe se continuará no Parlamento na próxima legislatura (as eleições são em 2009) ou se regressa à sua actividade de professora universitária.
"Estou como o deputado Manuel Alegre: em política a gente nunca diz nunca, aliás não é em política, é na política da vida. Eu não sei neste momento ainda dizer-lhe se regresso à universidade ou se me mantenho da vida política", afirmou.
EO.
Lusa/fim
Comments