O INATEL/Teatro da Trindade e o CENDREV apresentam
"Cabaret de Ofélia" de
Armando Nascimento Rosa
A 18 de Junho na Sala Principal do Teatro da Trindade às 22h.
De 18 a 29 de Junho sobe ao palco do Teatro da Trindade um espectáculo que se insere num projecto de trabalho inédito e inovador no panorama da escrita teatral portuguesa, protagonizado pelo Cendrev e pelo dramaturgo Armando Nascimento Rosa.
SINOPSE
Cabaré de Ofélia é uma obra inédita, cómica e dramática, poética e musical, que revisita teatralmente o universo do Modernismo português, da geração de Orpheu, trazendo à cena a única poetisa que integrou o primeiro movimento modernista em Portugal: Judith Teixeira.
Cabaré de Ofélia é uma peça de odisseia insubmissa, cosmopolita e lusófona, que respira a atmosfera sociocrítica e poética de um teatro cabarético, onde as canções têm palavras do autor, mas também de Fernando Pessoa (em português e em inglês), e de Judith Teixeira (em português e em Castelhano). Em cena, estarão assim duas actrizes, uma mulata e uma caucasiana que serão Cecília e Ofélia/Judith e, ainda, um actor que fará a transformista Daisy de Álvaro de Campos, «essa lenda viva da poesia e do music-hall», acompanhados por músicos ao vivo numa aventura de imaginação cénica que nos fala daquilo que colectiva e individualmente fomos, somos, e do que sonhamos poder ser.
"Cabaret de Ofélia" de
Armando Nascimento Rosa
A 18 de Junho na Sala Principal do Teatro da Trindade às 22h.
De 18 a 29 de Junho sobe ao palco do Teatro da Trindade um espectáculo que se insere num projecto de trabalho inédito e inovador no panorama da escrita teatral portuguesa, protagonizado pelo Cendrev e pelo dramaturgo Armando Nascimento Rosa.
SINOPSE
Cabaré de Ofélia é uma obra inédita, cómica e dramática, poética e musical, que revisita teatralmente o universo do Modernismo português, da geração de Orpheu, trazendo à cena a única poetisa que integrou o primeiro movimento modernista em Portugal: Judith Teixeira.
Cabaré de Ofélia é uma peça de odisseia insubmissa, cosmopolita e lusófona, que respira a atmosfera sociocrítica e poética de um teatro cabarético, onde as canções têm palavras do autor, mas também de Fernando Pessoa (em português e em inglês), e de Judith Teixeira (em português e em Castelhano). Em cena, estarão assim duas actrizes, uma mulata e uma caucasiana que serão Cecília e Ofélia/Judith e, ainda, um actor que fará a transformista Daisy de Álvaro de Campos, «essa lenda viva da poesia e do music-hall», acompanhados por músicos ao vivo numa aventura de imaginação cénica que nos fala daquilo que colectiva e individualmente fomos, somos, e do que sonhamos poder ser.
UM CABARÉ DE POETAS
CABARÉ DE OFÉLIA revisita livre e teatralmente o universo do primeiro e mais decisivo Modernismo português, o da geração de Orpheu, trazendo à cena uma autora quase esquecida, e desconhecida de muitos, que, não obstante isso, foi a única poetisa, em Portugal, que integraria o movimento por afinidade estética (uma vez que nunca pertenceu ao conjunto dos autores que fizeram Orpheu): Judith Teixeira (Viseu, 1873 - Lisboa, 1959). Teve ela ainda a glória infeliz de ver livros seus apreendidos e queimados em praça pública, na Lisboa de 1923, juntamente com obras de António Botto e Raul Leal. O perfil libertário e provocatório de Judith faz dela, só por si, uma personalidade fascinante para que a cena a reinvente.
Neste cabaré de poetas, há um paralelismo dramatúrgico e sequencial para com o imaginário de AUDIÇÃO - Com Daisy ao Vivo no Odre Marítimo (2002), peça centrada num actor que, ao interpretar em travesti a escocesa Daisy Mason de Soneto já antigo, recriava o universo pessoano, com um destaque especial para a figura de Álvaro de Campos. A personagem transgender de Daisy Mason volta a ser convocada, no espaço do Odre Marítimo, mas o eixo das máscaras em cena mudou de rumo e será Ofélia Queiroz, a namorada vitalícia de Pessoa que, inesperadamente, dá nome a este peculiar cabaré. Ofélia pretende recordar na cena a Judith Teixeira que conheceu no passado, e por isso ela própria interpretará a personagem da escritora; ao mesmo tempo, desafiará ainda uma jovem actriz para recriar uma outra sua amiga, também nomeada em Soneto já Antigo: a «estranha» Cecily. Nesta ficção cénica, Cecily teria começado por ser Cecília, menina mulata que Daisy adopta, arrancando-a à vida das ruas do Rio de Janeiro, em 1915, quando Daisy apresenta em digressão um show/recital na cidade brasileira, dedicado aos poetas de Orpheu, então apelidados de loucos pela imprensa portuguesa. Cecília/Cecily revelar-se-á uma talentosa actriz-cantora, seguindo as pisadas da «mãe» adoptiva no mundo do espectáculo no Portugal dos anos vinte, e é ela a cicerone que chamará à cena a sua amiga Judith Teixeira, a sáfica poetisa censurada e maldita.
CABARÉ DE OFÉLIA é uma peça de odisseia insubmissa, cosmopolita e lusófona, que respira a atmosfera sociocrítica e poética de um teatro cabarético, onde as canções têm por vezes palavras de Fernando Pessoa (em inglês), e de Judith Teixeira (em português e em tradução castelhana do judithiano René Pedro Garay). Em cena estarão duas actrizes, Catarina Matos e Rosário Gonzaga, que serão, respectivamente, Cecília e Ofélia/Judith e, ainda, o actor Hugo Sovelas que fará, uma vez mais, o papel da transformista Daisy de Álvaro de Campos, «essa lenda viva da poesia e do music-hall». Um trio que Cláudio Hochman encena, na companhia de três músicos ao vivo, liderados pelo alemão lusófilo Ulf Ding, numa aventura de imaginação cénica que nos fala daquilo que colectiva e individualmente fomos, somos, e do que sonhamos poder ser.
Este cabaré constitui ainda uma outra estreia no domínio das parcerias artísticas; visto tratar-se da primeira co-produção entre o Cendrev – Centro Dramático de Évora, com o qual mantenho uma grata colaboração autoral desde 2004, e do Teatro da Trindade, em Lisboa. No seu trânsito entre cidades, CABARÉ DE OFÉLIA lança o repto por um teatro vivo de portuguesa origem que arrisque e reinvente a comunicação cénica com palavras e música.
Armando Nascimento Rosa
CABARÉ DE OFÉLIA revisita livre e teatralmente o universo do primeiro e mais decisivo Modernismo português, o da geração de Orpheu, trazendo à cena uma autora quase esquecida, e desconhecida de muitos, que, não obstante isso, foi a única poetisa, em Portugal, que integraria o movimento por afinidade estética (uma vez que nunca pertenceu ao conjunto dos autores que fizeram Orpheu): Judith Teixeira (Viseu, 1873 - Lisboa, 1959). Teve ela ainda a glória infeliz de ver livros seus apreendidos e queimados em praça pública, na Lisboa de 1923, juntamente com obras de António Botto e Raul Leal. O perfil libertário e provocatório de Judith faz dela, só por si, uma personalidade fascinante para que a cena a reinvente.
Neste cabaré de poetas, há um paralelismo dramatúrgico e sequencial para com o imaginário de AUDIÇÃO - Com Daisy ao Vivo no Odre Marítimo (2002), peça centrada num actor que, ao interpretar em travesti a escocesa Daisy Mason de Soneto já antigo, recriava o universo pessoano, com um destaque especial para a figura de Álvaro de Campos. A personagem transgender de Daisy Mason volta a ser convocada, no espaço do Odre Marítimo, mas o eixo das máscaras em cena mudou de rumo e será Ofélia Queiroz, a namorada vitalícia de Pessoa que, inesperadamente, dá nome a este peculiar cabaré. Ofélia pretende recordar na cena a Judith Teixeira que conheceu no passado, e por isso ela própria interpretará a personagem da escritora; ao mesmo tempo, desafiará ainda uma jovem actriz para recriar uma outra sua amiga, também nomeada em Soneto já Antigo: a «estranha» Cecily. Nesta ficção cénica, Cecily teria começado por ser Cecília, menina mulata que Daisy adopta, arrancando-a à vida das ruas do Rio de Janeiro, em 1915, quando Daisy apresenta em digressão um show/recital na cidade brasileira, dedicado aos poetas de Orpheu, então apelidados de loucos pela imprensa portuguesa. Cecília/Cecily revelar-se-á uma talentosa actriz-cantora, seguindo as pisadas da «mãe» adoptiva no mundo do espectáculo no Portugal dos anos vinte, e é ela a cicerone que chamará à cena a sua amiga Judith Teixeira, a sáfica poetisa censurada e maldita.
CABARÉ DE OFÉLIA é uma peça de odisseia insubmissa, cosmopolita e lusófona, que respira a atmosfera sociocrítica e poética de um teatro cabarético, onde as canções têm por vezes palavras de Fernando Pessoa (em inglês), e de Judith Teixeira (em português e em tradução castelhana do judithiano René Pedro Garay). Em cena estarão duas actrizes, Catarina Matos e Rosário Gonzaga, que serão, respectivamente, Cecília e Ofélia/Judith e, ainda, o actor Hugo Sovelas que fará, uma vez mais, o papel da transformista Daisy de Álvaro de Campos, «essa lenda viva da poesia e do music-hall». Um trio que Cláudio Hochman encena, na companhia de três músicos ao vivo, liderados pelo alemão lusófilo Ulf Ding, numa aventura de imaginação cénica que nos fala daquilo que colectiva e individualmente fomos, somos, e do que sonhamos poder ser.
Este cabaré constitui ainda uma outra estreia no domínio das parcerias artísticas; visto tratar-se da primeira co-produção entre o Cendrev – Centro Dramático de Évora, com o qual mantenho uma grata colaboração autoral desde 2004, e do Teatro da Trindade, em Lisboa. No seu trânsito entre cidades, CABARÉ DE OFÉLIA lança o repto por um teatro vivo de portuguesa origem que arrisque e reinvente a comunicação cénica com palavras e música.
Armando Nascimento Rosa
FICHA ARTÍSTICA
TEXTO Armando Nascimento Rosa
ENCENAÇÃO Claudio Hochman
CENOGRAFIA e FIGURINOS Sara Machado da Graça
DESENHO de LUZ João Carlos Marques
DIRECÇÃO MUSICAL Ulf Ding
MÚSICOS Ulf Ding, João Bastos, Luís Cardoso
INTERPRETAÇÃO Catarina Matos, Hugo Sovelas e Rosário Gonzaga
ASSISTENCIA DE ENCENAÇÃO Miguel Fragata
ASSISTENCIA DE FIGURINOS Andreia Rocha
CO-PRODUÇÃO INATEL/Teatro da Trindade e Centro Dramático de Évora
Duração 75 minutos (s/ intervalo)
Classificação etária M/16
Preço 12€
Descontos
20% - Jovens c/ - 25 anos, Seniores e Sócios FNAC, Pin
CABARÉ DE OFÉLIA
SALA PRINCIPAL DO TEATRO DA TRINDADE
18 a 29 Junho de 2008// 4ª-f a Sáb. 22h00 e Dom. 16h
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