Exposição "Teatro Moderno de Lisboa (1961/65): sociedade de actores"
O Teatro Moderno de Lisboa, cuja actividade vai de 1961 a 1965, é considerado unanimemente como um dos mais inovadores, estimulantes e importantes projectos teatrais no nosso país, durante a segunda metade do século XX. Assumindo uma forma de sociedade artística completamente nova em Portugal, aliava ao notável elenco (que conjugava alguns dos actores e artistas plásticos mais significativos da nossa História, como Carmen Dolores, Rui de Carvalho, Rogério Paulo, Armando Cortês, Costa Ferreira, Fernando Gusmão, Morais e Castro, Armando Caldas e António Pedro, entre outros) um repertório de grande qualidade e modernidade, sendo esta Companhia por isso considerada como a fundadora do chamado teatro independente em Portugal –na sua curta carreira artística, apenas recebeu algum apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Procurando reunir-se tudo o que restou do TML (fotografias, programas, cartazes, maquetas de cenário, documentos, objectos, recortes de imprensa e a memória de quem o viu em cena ou nele trabalhou), esta exposição documental, que pretende abrir um ciclo de exposições temporárias neste Museu dedicadas ao teatro independente, nasceu através de uma série de reuniões e (proveitosas) conversas entre mim, Carmen Dolores, Morais e Castro, Armando Caldas, às vezes Tito Lívio, e com o imprescindível apoio de Fernando Filipe (aposentado deste Museu desde Setembro de 2006, mas com um contributo voluntário e fundamental para a realização desta iniciativa), de Vasco Guerra (na montagem) e de Frederico Corado (em tudo o que foi produção multimédia).
A exposição “Teatro Moderno de Lisboa (1961/65) – Sociedade de Actores” tem pois, como objectivo, evocar e dar a conhecer (ou relembrar) a importância e o significado “desta campanha de dignificação do espectáculo teatral” (Luiz Francisco Rebello) e deste momento ímpar na História do Teatro português.
José Carlos Alvarez
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