A nova temporada artística do Teatro Baltazar Dias, no Funchal, irá evocar o centenário do nascimento do ator Virgílio Teixeira, mantendo a programação da Rede Eunice, em parceria com o Nacional D. Maria II, além das coproduções regionais.
"Iremos, em parceria com o Centro de Investigação em Estudos Regionais e Locais da Universidade da Madeira, a RTP Madeira e a Eduardo Costa Produções, comemorar o centenário do nascimento do nosso saudoso ator Virgílio Teixeira", afirmou a responsável pelos serviços culturais da Câmara Municipal do Funchal, Sandra Nóbrega.
"Serão três dias de comemorações em que iremos refletir, academicamente, sobre a importância da sua obra, recordá-lo através de exibição de filmes que protagonizou e imortalizá-lo através da realização de um documentário", explicou.
A programação para a época 2017/2018 irá incluir também a continuação da programação no âmbito da Rede Eunice, espetáculos que irão estrear este ano no Teatro Nacional D. Maria, em Lisboa, e que virão na mesma temporada artística ao Baltazar Dias.
Incluem-se o espetáculo "Lear" produzido pelos Primeiros Sintomas, "Sweet Home Europa", encenado por João Pedro Mamede, e "Montanha-Russa", um musical sobre a adolescência, resultado de uma coprodução entre os teatros nacionais D. Maria e São João e a companhia teatral Formiga Atómica, criada por Miguel Fragata e Inês Barahona.
A responsável da câmara do Funchal referiu também que o Baltazar Dias voltará a organizar, "depois de largos anos de interrupção", as Jornadas do Teatro, que acontecem a 23 de março, "com a presença confirmada de Sara Barros Leitão e de Carlos Avilez", respetivamente a atriz natural do Porto, distinguida pelo desempenho em "Pecado Fatal", e o encenador e fundador do Teatro Experimental de Cascais.
"O resultado destas Jornadas são também uma leitura sobre o Teatro em Portugal e no Funchal, pelas vozes de quem o faz, pensa e ensina", afirmou.
Continuam também as coproduções, com destaque para os autores madeirenses - é o caso do poeta Herberto Helder, o autor de "Magias" e "A cabeça entre as mãos", que morreu em 2015, com o espetáculo da Berma Produções "A Máquina de Emaranhar Paisagens" que, além do texto homónimo do escritor, adota passagens de "Photomaton Vox", "Os Passos em Volta", "A Faca Não Corta o Fogo", "Antropofagias" e "A Colher na Boca", entre outros.
Mantêm-se também as coproduções com parceiros regionais, e "este esforço ganhará mais visibilidade", na próxima temporada artística, de acordo com Sandra Nóbrega.
A Câmara Municipal, através do teatro, irá coproduzir vários festivais, como já vai sendo usual, entre os quais o Festival Literário da Madeira, o Madeira Film Festival, o Festival Carlos Varela, o Festival de Cinema Italiano, o Festival Amo-te Teatro e o Madeira Piano Fest.
A música não fica de fora da agenda do Baltazar Dias, com uma presença mais regular da Orquestra Clássica da Madeira.
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