Ciclo Recém-Nascidos

CICLO RECÉM-NASCIDOS

Teatro da Cidade, Teresa Coutinho e Sotterraneo são os criadores da edição de 2017

Depois de Topografia, espetáculo do Teatro da Cidade que estreou no âmbito do Entrada Livre, seguem-se os trabalhos de Teresa Coutinho e do coletivo italiano Sotterraneo. 

A 29 de setembro, Teresa Coutinho apresenta Ways of looking, a sua segunda criação. Neste espetáculo, investiga-se esse território tão denso que é o ‘olhar do espectador’, através da construção de atmosferas, significados e imagens, que nos recordam o traço distintivo do gesto performativo: a relação presencial entre performer e espectador. Em cena até 1 de outubro.

A partir de 12 de outubro, Sotterraneo apresentam Overload, um projeto que fala sobre o ruído de fundo que deriva de todos os cantos do planeta. O que é que nos aliena? Não é verdadeiramente insuportável este esforço de fazer algo de uma só vez? O espetáculo ficará em cena até 14 de outubro.

Topografia
16 – 17 set
sáb, 19h30 / dom, 17h
Sala Estúdio

Há num prédio, um governo. Numa fábrica, uma prisão. Numa cave, um ideal. Com recurso a uma série de quadros originais, o Teatro da Cidade, uma das mais recentes companhias de Lisboa, que fez a sua estreia com uma encenação de Os Justos, de Albert Camus, no Teatro do Bairro Alto, propõe-se a refletir sobre as fronteiras do conceito de Comunidade.

Em Topografia, exploram o modo como individualmente nos integramos nela, o movimento que nos faz invisíveis numa multidão, e o prazer que isso nos pode fazer sentir. Um espetáculo onde observamos como o indivíduo com uma identidade diferente se mostra fundamental na formação de uma consciência coletiva.

criação coletiva Teatro da Cidade
com Bernardo Souto, Guilherme Gomes, João Reixa, Nídia Roque, Rita Cabaço
desenho de luz e sonoplastia Rui Seabra, Teatro da Cidade
produção Teatro da Cidade
M/12



Ways of looking
29 set – 1 out
sex-sáb, 21h30 / dom, 16h30
Sala Estúdio

Uma sala. Um público. Uma mulher. Um homem. Em que momento é que alguém, de frente para o
público, deixa de ser só um indivíduo perante um grupo de pessoas e passa a ser uma representação da autoridade, da melancolia, da submissão? E se ninguém tiver dito nada?

O que é que vemos antes de ver o homem ou a mulher? E quem é que nos vê? Quem é o quê?
Neste espetáculo de Teresa Coutinho, atriz aqui na sua segunda criação, investiga-se esse território tão denso que é o ‘olhar do espectador’, através da construção de atmosferas, significados e imagens, que nos recordam o traço distintivo do gesto performativo: a relação presencial entre performer e espectador.

inspirado em Ways of seeingde John Berger
direção Teresa Coutinho
interpretação e conceção Teresa Coutinho e Guilherme Gomes
desenho de luz Pedro Domingos
assistência à conceção Rafael Gomes
apoio à produção Inês Laranjeira
A classificar pela CCE



Overload
12 - 14 out
qui-sáb, 21h30
Sala Estúdio

2 parágrafos. 179 palavras. 879 caracteres. Tempo de leitura estimado: 50 segundos. Acha que vai
conseguir ler esta sinopse sem interrupções? Sendo a atenção uma forma de alienação, o objetivo é saber o que o aliena. Quando procuramos algo, parecemos sempre perdidos. Não se percebe quem é que está a ouvir ou a falar, quem trabalha e quem se diverte, quem realmente encontra algo e quem está apenas confuso. Conseguiu chegar até este ponto do texto sem se distrair? Não é verdadeiramente insuportável este esforço de fazer algo de uma só vez? Olhe, então, à sua volta. Quantas outras coisas atraem a sua atenção? Agora, olhe para si mesmo a partir de cima. Consegue ver-se? A superfície das regiões mais densamente povoadas da Terra está coberta por um denso nevoeiro de mensagens, imagens e sons. É aí que as pessoas se movimentam, interagem e dormem. Aí, estamos todos em mutação... dentro de algo que é muito, muito veloz.

Neste espetáculo do jovem coletivo italiano, Sotterraneo, fala-se sobre o ruído de fundo que deriva de
todos os cantos do planeta.

estreia mundial
espetáculo falado em inglês com legendagem em português
conceito e direção Sotterraneo
texto Daniele Villa
com Sara Bonaventura, Claudio Cirri, Lorenza Guerrini, Daniele Pennati, Giulio Santolini
desenho de luz Marco Santambrogio
figurinos Laura Dondoli
adereços Francesco Silei

desenho de som Mattia Tuliozi
design gráfico Isabella Ahmadzadeh
produção Sotterraneo
coprodução TNDM II
com os contributos de Centrale Fies_art work space, FVG’s CSS Teatro Stabile di Innovazione
apoios Município de Florença, Região Toscana, Mibact, Funder 35, Sillumina – copia privata per i giovani, per la cultura, BE Festival
residências artísticas Associazione Teatrale Pistoiese, Tram – Attodue, Teatro Metastasio di Prato,
Centrale Fies_art work space, Dialoghi – Residenze delle arti performative a Villa Manin, La Corte Ospitale – progetto residenziale 2017, Teatro Studio/Teatro della Toscana, Teatro Cantiere Florida/Multiresidenza FLOW

Sotterraneo integra o projeto Fies Factory e é um coletivo residente da Associazione Teatrale Pistoiese
Projeto financiado pela apap - Performing Europe 2020, no âmbito do programa Europa Criativa da União Europeia.

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